Era tarde. Ela já dormia faziam algumas horas. Não passava das tres da manha, e o céu estava cintilando com luzes ameaçadoras da lua em direção à janela do quarto. Ela não conseguia dormir há dias, corrijo; ela se esforçava para não dormir há dias. Aquela madrugada sombria não parava de piorar, em seus sonhos ela se escondia embaixo de um salgueiro chorão. Tentava se esconder da chuva, mas parecia que havia algo muito mais ameaçador do que simplesmente aquela garoa gélida da noite. No sonho ainda não era madrugada, devia ser onze horas da noite, ou menos, mas, a noite estava mais horripilante que a noite real, onde o vento batia forte na janela e provocava calafrios na garota enquanto ela dormia.
De repente a janela se abriu, porém ela não acordou com o barulho oco que a janela fez ao ser aberta à força de madrugada. Um homem a observava.
Em seus sonhos, havia um túmulo próximo á arvore onde ela se escondia, ela observava o túmulo, mas, tinha medo de se aproximar, ela sabia que tinha que fazer algo para que sobrevivesse, sentia seu corpo verdadeiro gelar, mas, ela precisava continuar. Correu até ele. O tumulo era rosado, mas ficava com uma aparência laranja de acordo com a quantidade de luz do luar que batia nele. Havia uma inscrição na placa de ferro que aparecia ali.
“Aqui jaz um traidor da familia Greenhouse!”
Assim que ela tocou na placa ela teve uma visão, uma das muitas que costumava ter quando estava acordada, era a primeira vez que tinha uma visão durante um sonho.
Um homem corria em direção à uma casa, era quase um palácio, e tinha caes enormes no portao, mas eles pareceram nao o estranhar. Ele entrou, pediu abrigo e foi recebido por um abraço caloroso do dono da casa, um garoto, sinal de que se conheciam. Devia ser por volta das duas horas da tarde, estava chovendo e o sol estava forte. Assim que ele estrou na casa a chuva parou. A porta se fechou atrás dela, ela observou que ninguém a enxergava, então, seguiu o sujeito que havia corrido até lá. Ele esperou até que o garoto se cansasse de conversar com ele e fosse assistir televisão. Subiu as escadas devagar e abriu a porta do quarto da menina. Ela olhou para ele com um ar de apaixonada e deixou com que entrasse.
-Achei que não viesse hoje! - Disse ela, se aproximando dele. Não tinham uma diferença de idade muito grande, ela aparentava menos de vinte anos e ele também.
-Eu prometi que viria te buscar.
-É. meus pais não aprovarão o nosso casamento...
-Eu imagino. - Depois de dizer isso ele se aproximou dela e a beijou, a empurrou suavemente com seu corpo para que ela se deitasse por baixo dele.
-Não... e se você não se casar comigo? Vou ficar desonrada!
-Você não tem com o que se preocupar!
Ele tomou ela em seus braços, a beijou nos lábios e arrancou a roupa dela com força. A camisola que ela vestia era frágil, portanto, nem fora dificil fazer aquilo.
-Eu esperei tanto por isso! - Disse ela
-Eu também.
Eles se beijaram e ele acariciou seus seios, como ela fosse a jóia mais preciosa do mundo, depois, os apertou com força, mas sem machucar. Ele podia ouvir os gritos surdos de prazer da garota, e nao parou. A beijou com mais força, passeou com as mãos pelo corpo nú da jovem e tirou a própria roupa. Ao ver o parceiro nú como ela, ela o admirou mais uma vez. Musculos acentuados, um corpo realmente magnífico, pele clara, lábios carnudos e vermelhos como sangue fresco. Ela passou as mãos pelo corpo do rapaz e observou enquanto ele beijava todas as partes de seu corpo. Enquanto sucumbia ao desejo do rapaz, ela percebia o estado em que estava, nua, com o garoto que amava, e nao sabia descrever a melhor sensação que já tivera. A garota que observava a cena sabia o que ela sentia, mas, como não eram da mesma época, ela entendia que a menina nao podia saber, nascera censurada. Ela percebeu que o rapaz ganhara uma corrente da garota, depois de se amarem. Observou a corrente e percebeu que era a corrente que seu pai usara a vida toda, e provavelmente a corrente que a colocara naquela situação. Puxou a corrente do pescoço dele, se surpreendeu com o peso da coisa, e com o fato que podia pegá-la mesmo em um sonho. Olhou para fora, percebeu que alguém chegara, mas, era tarde, ela correra pelas escadas, saiu pela porta. Tinha que correr, sabia disso. A visão passou, ela se viu arfando em frente ao tumulo novamente. A noite parecia menos pior do que há alguns minutos antes. A corrente ainda estava com ela. Apertou a corrente e acordou.
Ela estava em casa, no calor da sua cama. Percebeu que a janela estava aberta e que havia um bilhete perto do seu abajur.
“Obrigado! Você me libertou. A corrente que você segura agora carrega uma maldição, eu fui amaldiçoado pelo pai de sua mãe, a menina que você viu no seu sonho. Agora que você tem a corrente, sei que saberá usá-la para o seu bem, e saberá usufruir dos seus poderes. O túmulo era de seu avô, a mulher dele o matou por que ele matou sua mae assim que você nasceu. Sei que sentiu minha falta, mas, eu nao posso estar com você hoje, entretudo, amanha, você acordará e verá seu pai e sua mãe, juntos na cozinha. Só você sabe o que houve, a maldição foi quebrada depois de você voltar no tempo pelo seu sonho. Amo você filha!”
Ela soltou um suspiro e adormeceu novamente, certa de que aquilo não aconteceria novamente, mas, não se pode evitar o destino, ou será...